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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Belém / PA

Definitivamente Belém do Pará foi uma das viagens que mais nos surpreendeu. Surpreendeu pelas belezas naturais, a gastronomia e a educação e cordialidade com que fomos recebidos.

Algumas observações de nós, paulistas:

  • O belenense é muito receptivo e simpático aos turistas;
  • Não fomos intimidados em nenhum momento por pedintes ou flanelinhas. A cidade nos deu uma impressão de apresentar baixa violência (apesar das advertências que lemos antes da viagem);
  • Não vimos moradores de rua;
  • Boa parte dos motociclistas e seus caronas não usam capacetes (apesar disso correm menos riscos que os imprudentes daqui);
  • Os belenenses dirigem de forma muito tranquila (às vezes até demais!). Não têm a pressa dos paulistanos;
  • Observamos muito pouca presença de turistas na cidade, apesar do feriado prolongado de Tiradentes. A cidade parece não ter ainda emplacado como importante destino turístico apesar de tantos atrativos culturais e naturais;
  • A estrutura viária parece antiga e o número de carros muito grande, o que provoca muitos congestionamentos nos dias úteis;
  • Na segunda-feira muitos famosos restaurantes não abrem, mesmo sendo ponte de um feriado!!
  • A cidade tem grandes e modernos shoppings centers. Em um deles há um quiosque da Nespresso que serve o delicioso café a honestos R$2,80!! Bem diferente da loja paulistana que prefere manter o café como uma jóia restrita a poucos bicos;
  • Há algumas redes de hipermercados, todas diferentes das que temos aqui. Adotam o modelo do antigo Eldorado de São Paulo, com lojas de departamentos em pisos superiores;
  • Muitas calçadas são muito mal cuidadas. Há algumas intransitáveis, com montes de entulho e buracos. Ao mesmo tempo, algumas vias têm rebaixamento para pessoas com dificuldades de mobilidade e guias no solo para deficientes visuais;
  • A sinalização é muito ruim. Há poucas placas sinalizando o caminho para as atrações turísticas. Até perdemos a entrada para o aeroporto na volta por falta de sinalização. Usamos um GPS que nos ajudou muito (mas também nos irritou muito), já que a cidade está muito bem mapeada, mas muitas vias estão mapeadas com mão invertida.
Nosso primeiro foi reservado para conhecermos o parque Emílio Goeldi. Fundado em 1895 o parque desse gênero é o mais antigo do país, e abriga uma considerável mostra da fauna e flora amazônicas.


Vitória-régia

A maior planta aquática do mundo!




Adicionar legenda
Há muitas aves soltas pelo parque...

Até animais, como esse lagarto



O parque também abriga o Museu Paraense Emílio Goeldi.

Depois do almoço, fomos conhecer o Mangal das Garças. Criado em 2005, o parque é resultado da revitalização de uma área de cerca de 40.000 metros quadrados - antes era uma área alagada com um extenso aningal.
Vista do Mangal

A partir do mirante
O parque é sensacional! Passamos horas nos entretendo com as aves, com a vegetação e com a linda paisagem.


O parque fica às margens do Rio Guamá, próximo do centro histórico.

Rio Guamá
O que chama atenção nesse parque é a diversidade e a forma como reproduziram diversas macrorregiões florísticas da Amazônia.

O mirante

Viveiros das Aningas



Colhereiro


Ali você encontra diversos tipos de aves, vegetações diversas, um borboletário, um lago repleto de guarás. Do mirante tem-se uma vista panorâmica de todo o parque e do Rio Guamá.

Borboletário

Vitórias-regia do borboletário

Guará vermelho


O parque ainda abriga o restaurante Mangal das Garças. Estava nos nossos planos voltar outro dia para conhecer.

Cacau
O Mangal também abriga o Memorial Amazônico da Navegação. A história da navegação amazônica é contada desde o contato com o povo indígenas, europeus, até a atualidade. No museu estão expostos embarcações objetos e equipamentos de pesca.




Passarela sob as aningas, em frente ao museu



As aningas, o Rio Guamá...  e a chuva chegando.

Ainda de dia, fomos visitar a Casa das Onze Janelas. O sobrado em estilo neoclássico português construído em meados do século 17. O nome Casa das 11 Janelas é alusivo à quantidade de janelas. Parte do sobrado é ocupado pelo Boteco das 11, e a outra parte, abriga o Museu de Arte Contemporânea.


Aproveitamos os passeio e almoçamos o Boteco das Onze. O local por si só já é uma atração a parte. O restaurante ocupa parte do piso térreo da Casa da Onze Janelas, o Boteco das Onze é local muito agradável, com atendimento atencioso e comida deliciosa.




Você pode escolher mesas dentro do restaurante ou se preferir do lado de fora, para apreciar a vista da Baía de Guajará. O local funciona como restaurante durante o almoço e no jantar, oferece umas das melhores happy hours da cidade.


Você pode escolher mesas dentro do restaurante ou se preferir do lado de fora, para apreciar a vista da Baía de Guajará. O local funciona como restaurante durante o almoço e no jantar, oferece umas das melhores happy hours da cidade.



Mas foi no almoço que nos nos deliciamos com um dos melhores pratos. Um banquete!

Filhote recheado com salmão e tomate cassê,
servido com arroz de jambu e batata soutê
Filhote é um peixe da amazônia muito saboroso de carne muito branca e tenra. De filhote esse peixe não tem nada. Conhecido também como Piraíba, pode pesar até 300 quilos e medir até 2 metros. Outra curiosidade é o jambu. O jambu é uma erva que causa uma leve dormência na boca, mas, misturado ao arroz, quase não deu pra sentir nada. Mas a sensação de comer esse arroz foi diferente.


A seguir, saímos para explorar o local e conhecer o Forte do Presépio.



Inaugurado em 1616 por Francisco Caldeira de Castelo Branco, o forte e hoje um marco inicial da colonização da Amazônia por Portugal, e que mais tarde se originaria a cidade de Belém.



O forte foi revitalização para seu um museu. Hoje, o espaço museológico abriga "Sítio Histórico da Fundação de Belém” - área externa - e é composto pela própria edificação com seus vestígios arquitetônicos e artilharia militar. Na área interna, há o “Museu do Encontro” , onde há um acervo com objetos da colonização portuguesa na Amazônia. 


Nesse acervo você encontrará artefatos indígenas, como líticos, cerâmica marajoara e tapajônica, além da coleção de muiraquitãs, proveniente de vários sítios arqueológicos. Ainda há materiais provenientes do próprio sítio histórico e seu entorno, como também artefatos e fotos de alguns grupos indígenas contemporâneos. Fotos não são permitidas.


Do forte se avista o Mercado de Ferro e parte do Ver o Peso
A noite, demos um passeio rápido pela Estação das Docas. Voltar a esse local estava nos nossos planos durante nossa viagem.


Estação das Docas
No dia seguinte, bem cedinho, rumamos para Mosqueiro. Mosqueiro é uma ilha fluvial, e está a 70 quilômetros de distância do centro de Belém.


Chegada à Mosqueiro
E ao contrário do que muita gente imagina, Belém também tem praia, só que de rio. Isso mesmo, praia de rio. E têm ondas, que dá até pra surfar!


Muitas pedras e muita vegetação nessa praia


Sol, calor, areia

e praia

de RIO... Com ondas e tudo!

Demos uma paradinha para beliscar um peixinho, uma casquinha de siri e uma cervejinha...




Casquinha de siri com farinha, tucupi e Cerpa!

Iscas de peixe frito com farinha

Areia, coqueiros, calor e praia... de RIO!
Aliás, a cerveja Cerpa é paraense (Cervejaria Paraense S.A.) - coisa que não sabíamos. Aqui, em São Paulo, é considerada uma cerveja premium, e não é uma cerveja barata. 

Como chegar a Mosqueiro:
Rodovias BR-316 e PA-391.
http://www.mosqueiro.com.br/

Voltamos à Belém no final da tarde para um sorvete na Estação das Docas. A Estacão das Docas é um lugar muito bacana, que em muito se assemelha ao Puerto Madero, de Buenos Aires, na Argentina.

Área externa do complexo


Sorvete de Cairu


À noitinha, voltamos ao Boteco das Onze, mas dessa vez para jantar. 

Um dos ambientes do Boteco

O bar

Couvert + entrada

Ravióli aos quatro queijos com filé de pescada amarela
recheada com queijo branco e tomate seco
Após o delicioso jantar, saímos para fazer fotos noturnas. 

Fachada da Casa das Onze Janelas



Forte do Presépio
A entrada do Forte do Presépio

Igreja de Santo Alexandre
Na manhã seguinte, fomos fazer um passeio fluvial pelos furos e igarapés. O passeio é agendado através de agências especificas. Utilizamos os serviços da Vale Verde Turismo. Além desse passeio, é possível agendar outros passeios por comunidades ribeirinhas e para a Ilha de Marajó.





Durante o percurso é possível ver casas das comunidades ribeirinhas na beira do rio, os furos (canal sem correnteza própria, que corta uma ilha fluvial) e igarapés (pequeno riacho que em seu baixo curso cruza floresta de várzea).




Esse "chopp" ai é o tal do geladinho (suco congelado naqueles saquinhos)


Escola da comunidade
Quando nosso barco aportou numa dessas comunidades, nos dirigimos a uma das comunidades ribeirinhas.Para chegar lá, foi necessário caminhar por floresta amazônica.

Numa das casas que visitamos, tivemos a oportunidade de conhecer plantas, flores e frutas exóticas. O morador de uma comunidade nos ofereceu castanhas do Pará. 

Morador da comunidade. Nos recebeu com muita simpatia

As castanhas ficam armazenadas em uma cápsula muito parecida com a do côco. Tirar as castanhas de dentro não é muito simples, e requer muita força e habilidade. 

Fez questão de nos servir futas e castanha do pará fresquinha

Com um facão ele num instante tirou todas. 

Na cápsula haviam 12 castanhas

Comemos castanhas com farinha d´água! 

Ele as descascou no facão com uma habilidade tremenda

Esse garotinho é muito espeto. 


Sementes de urucum

Cor forte e intensa


Látex
O morador da casa fez questão de nos acompanhar no passeio. Nos mostrou a árvore da castanha do pará. Com muita agilidade, subiu até o topo, sem auxílio de equipamento algum, e foi retirando os côcos. 

Colhendo castanhas...



Ele desceu rapidinho, e com um facão, partiu o côco e de lá, retirou as castanhas. Descascou uma a uma e nos deliciamos.

Esse menino, com as mesmas habilidades do pai, subiu rapidinho na árvore
E assim, terminou nosso passeio, que nos proporcionou experiências incríveis. Retornamos à embarcação e ainda foi possível aproveitar mais o passeio.

Os barcos são o meio de transporte até Belém


Retornando à Belém
Chegando à Belém, fomos almoçar no restaurante Lá em Casa, na Estacão das Docas

A Estação das Docas é um completo turístico, gastronômico e de entretenimento. Antigos armazéns foram revitalizados e transformados num lugar muito bonito, e reúnem alem do espaço gastronômico, espaço para eventos, exposições e ainda possui um teatro.


No restaurante Lá em Casa, O Edu quis finalmente experimentar o tradicional Pato no Tucupi. A aparência do prato não é lá essas coisas. O prato possui um sabor diferente por causa da combinação do jambu e do tucupi. 

Pato no Tucupi

O Pato no Tucupi é um dos principais pratos da culinária amazônica. Confesso que eu não tive disposição para encarar, pois soube que o tempero é um pouco forte, e fiquei com medo das reações. Já o Edu encarou numa boa e gostou.


A minha opção, mais conservadora foi um peixinho básico.


Filé de pescada amarela ao molho de camarões e arroz branco
O Restaurante Lá em Casa é um dos restaurantes de Belém que oferece pratos típicos da culinária regional.

E de sobremesa, nos deliciamos com o melhor sorvete do mundo - na nossa mais humilde avaliação - os sorvestes da Cairu. Sabores exóticos como bacuri, mangaba, graviola, cupuaçu, taperebá, castanha do Pará, tapioca, e muitos mais sabores diferentes, faz desse sorvete algo singular e espetacular. 

Sorvetes em Belém são algo assim, e-s-p-e-t-a-c-u-l-a-r-e-s, em particular, os sorvetes da Cairu. São maravilhosos! Nos deliciamos com os sorvetes de tapioca, açaí, ameixa, castanha do pará e bacuri. A sorveteria oferece mais de 60 sabores, Difícil escolher apenas um.

No final da tarde, fomos atrás de um lugar que vende tapioca de vários sabores - a Tapioquinha do Mosqueiro. Queríamos ver de perto, comer e constatar como conseguem fazer tapiocas com mais de 70 sabores.


Tapioca de brigadeiro

Tapioca completa: com queijo, leite condensado, côco ralado e manteiga,
e a básica tapioca de manteiga com queijo

Na manhã seguinte, vésperas do nosso último dia em Belém, fomos conhecer o Mercado Ver-o-Peso e o Mercado de Ferro (ou Mercado de Peixe).

O Ver o Peso (lonas brancas) e  a torre do Mercado de Ferro ao fundo
No Mercado de Ferro há vários quiosques com peixes, pescados e frutos do mar à venda. Ficamos impressionados com a variedade e o tamanho dos peixes. Eram tucunarés, tambaquis filhotes, douradas, camarões, etc.  Infelizmente nenhuma foto!


O Ver o Peso
O Ver-o-Peso é um entreposto do Mercado de Peixes e lá encontra-se frutas da amazônia, temperos, farinhas de todos os tipos, castanhas, óleos, ervas, artesanato, bijuterias, além também, dos quiosques de comes e bebes.

Artesanato
A história desses dois comércios se confundem pela proximidade. Localizado às margens da Baia de Guajará, o Ver o Peso é considerado a maior feira livre da América Latina. O mercado foi inaugurado em 1625 tem esse nome, pois se media o peso exato das mercadorias para se cobrar os impostos para a coroa portuguesa na época.

Mercado Ver-o-Peso sempre se confunde ao do Mercado do Peixe - ou Mercado de Ferro. Enquanto que o primeiro é uma feira gigantesca coberta por lona branca, o segundo, é uma construção de ferro seguinte a tendência da art noveau. Toda a estrutura em forma de dodecágono do mercado foi feita em zinco veille-montaine, trazida da Europa. A obra iniciou em 1892 e já passou por algumas transformações. 

Todo o conjunto arquitetônico e paisagístico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Artístico e Nacional - IPHAN, e inscrito no Livro do Tombo Histórico em 1977. 

Farinhas, muitas farinhas para todos os paladares
Passeando pelo Ver-o-Peso tivemos certeza que o povo paraense consume muita farinha de mandioca. Colocam farinha em quase tudo que comem! Aliás, acabamos de lembrar que quando visitamos aquela comunidade ribeirinha no passeio de barco, comemos castanha do pará com farinha d´água. Segundo a guia do grupo, o sabor fica diferente e mais gostoso. Bem, comemos e pra ser honestos, não sentimos diferença (risos).


Paramos numa das barracas de açaí pra olhar. Ainda era cedo, já tínhamos tomado nosso café da manhã e não estava nos nossos planos comer novamente. Daí vimos que além do açaí na tigela e com farinha, também comem peixe frito.

Açaí puro. Nada de açúcar, banana, guaraná...
Até encararíamos o açaí com farinha. Mas e o peixe frito?  (risos)


No passeio pelo Ver-o-Peso e encontramos vários tipos de farinhas, branca, amarela e algumas variações como grossa e fina e derivados como goma e tucupi.

O sabor desse açaí é muito diferente e mais saboroso. 
Voltinha vai, voltinha vem, não resistimos. Ver a fruta fresca sendo processada na hora e se transformando naquele creme fresco que dificilmente veremos aqui em São Paulo. Ah! foi difícil resistir. 

Peixe frito (esse é a dourada) e açaí puro com farinha 
Acabamos até sucumbindo ao peixe. E para não contrariar as tradições paraenses, comemos açaí com farinha e peixe frito, claro!

No mercado, compramos castanhas do Pará (muito barato, se comparado com os preços de São Paulo), algumas frutas, artesanato local e pacotes e pacotes de farinhas, dos mais variados tipos!  

Saímos do mercado e pegamos a estrada até Icoaracicerca de 20 quilômetros de Belém. Icoaraci é distrito de Belém, e fica próximo da Ilha de Marajó (chegar à ilha só de barco).

Nossa ída à Icoaraci foi para conhecer a cidade, famosa pela cerâmica, e claro, comprar alguns vasos e afins. 


Orla do Cruzeiro. Aqui paramos pra tomar água de côco
Em toda a orla de Icoaraci há bons restaurantes e quiosques com artesanato local. E foi ali, que um restaurante nos chamou a atenção - o Ki-Delícia . O restaurante está instalado em um casarão de madeira colonial de aproximadamente 126 anos. Nem procuramos por outras opções. Fomos pela aparência (não pelo nome... risos) e acertamos!

Lá, experimentamos um dos pratos mais deliciosos da nossa viagem - camarões na chapa, com arroz à grega e purê de batatas. A foto? Bom, como estávamos tão famintos que esquecemos de tirar. Quando lembramos, já o prato já estava pela metade.

Restaurante Ki-Delícia: bonitinho e honesto
Após o almoço, saímos em busca das tão famosas e ricas cerâmicas marajoara. Encontramos um lojinha bem distante da orla, em uma vilazinha bem simples, e nos encantamos.

Essa loja fica no bairro do Paracuri
A cerâmica marajoara é uma coisa muito rica, linda e cheia de detalhes em suas tramas. Se você for comparar preço x beleza, percebemos muito rápido que não há valorização do trabalho e da arte. Como não podíamos perder a oportunidade de prestigiar essa maravilhosa cultura, levamos amostras de algumas peças.

Saindo dali e mais a frente, encontramos a COARTI - Cooperativa dos Artesãos de Icoaraci.

Cerâmica marajoara
Lá estão expostos e à venda vários tipo de cerâmicas e algumas réplicas das culturas marajoara, paracury e arte rupestre.

Cerâmica marajoara

Tramas da cerâmica marajoara

Em nossa última manhã na capital paraense, estava em nossos planos almoçar num restaurante muito bem cotado pela Veja Belém, Guia 4 Rodas. Além disso, tínhamos ouvido excelentes críticas desse restaurante num programa da Rádio CBN São Paulo.

Mas antes, fomos até o centro de Belém para conhecer o Teatro da Paz. Fundado em fevereiro de 1878, nos períodos áureos do Ciclo da Borracha no estado.



E nesses tempos áureos, não havia um teatro de grande porte, a altura da riqueza advindo da borracha para receber espetáculos líricos.



O Teatro da Paz foi inspirado o Teatro Scalla, de Milão, na Itália. O governo da província na ápoca então contrata o engenheiro militar José Tibúrcio de Magalhães para tal.





O Teatro da Paz foi a primeira casa de espetáculos construída na Amazônia.





O salão originalmente possuía 1.100 lugares, mas foi reduzido para 900.



Frisas e platéia

Palco

O foyer
Pinturas do teto do teatro





E por fim, chegou a hora de almoçar.

Remanso do Peixe fica em uma "vilazinha" de casas., em um sobrado no final da rua, sem placa e nada que o identifique, exceto pelo manobrista na porta.

Aqui, nada indica que há um restaurante...
Eis o Remanso do Peixe
O restaurante é muito aconchegante, e o atendimento muito atencioso. O cardápio, como previsto, repleto de sugestões. Difícil era escolher. Enquanto decidíamos, pedimos um suco de fruta natural que não poderia ter sido melhor.

O cardápio

Suco de cupuaçú
Há várias opões no cardápio para lambiscar. Eu, querendo inovar, acabei pedindo algo assim, bem desafiador para o meu paladar. Decidi experimentar o tal do tucupi. 

Caldo de peixe
Duas colheradas foram suficientes para eu sentir minha boca ficar levemente dormente. Mais algumas colheradas, resolvi parar por ali. Não que estivesse ruim, mas meu paladar não apreciou muito aquele azedinho com um toque de dormência.

Caldinho de tucupi com jambu

Filhote ao molho quatro queijos

Fondant de chocolate meio amargo com sorvete de cupuaçú

Tiramissú de bacuri
E assim foi uma das viagens mais incríveis que fizemos. Pretendemos voltar!

5 comentários:

  1. Eduardo e Helena,
    Adorei o Blog de vocês. Muito bom gosto e fotos muito lindas, além de boas dicas para nós apreciadores da boa mesa. Abraços e até breve.
    Marcão.

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  2. Valeu, Marcão!
    Com certeza iremos trocar muitas figurinhas sobre como e onde apreciar boa mesa.
    Abraços,
    Eduardo e Helena

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  3. Muito bom o blog! Além de possuir belas fotos, é um ótimo guia turístico. Bonitas paisagens e pratos que parecem deliciosos...humm, aquele filé de pescada amarela ao molho de camarão e arroz branco parece ser tudo de bom.
    Abraços, Cintia.

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  4. Olá
    sou de Belém, adorei saber o que vcs acharam da cidade, é muito bom ver a opinião das pessoas de outras cidades pra tentar melhorar cada vez mais... por falar nisso estou fazendo um TCC na área de Design de Produtos e estou com propostas para uma melhor sinalização dos pontos turisticos da cidade, como vc falou acima é uma carencia muito grande de belém. Estou precisando de entrevistas com turistas para ver quais locais eles acham mais importantes aqui. O site é www.belempa.com conto com a ajuda de vcs. Obrigada desde já.

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  5. Olá, Paola,

    Agradecemos o convite em participar da pesquisa. Responderemos com o maior prazer.
    Reiteramos que Belém definitivamente nos marcou!
    Abraços,
    Edu e Helena

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